O ILIN não cobra de seus associados um atestado ideológico ou a adesão a tais e quais correntes da visão liberal, nem o Instituto tem um programa político ou ideológico a defender. O ILIN não apoia gurus, políticos, personalidades ou governantes, pois seus associados devem ter plena liberdade de pensamento e opinião, dentro do amplo espectro da filosofia liberal. No ILIN podem conviver, numa classificação simplificada, várias “tendências” de pensamento, algumas delas pouco ou muito divergentes: liberal-conservadorismo, liberalismo clássico, libertarianismo, anarcocapitalismo, dentre outras possíveis ou imaginadas. Rótulos não são tão abrangentes para captar todas as nuances de pensamento de um indivíduo, mas o fundamental é que no ILIN haja plena liberdade de crítica, não se limitando esta liberdade à crítica do pensamento “de esquerda”. O ideal a ser buscado é que no ILIN essas diversas “tendências” possam conviver de forma fraterna e leal, querendo dizer com isso que a crítica, embora seja bem-vinda, deve sempre dirigir-se a ideias e conceitos, não devendo assumir um caráter pessoal.
Conseguintemente, as críticas elaboradas pelos associados e pelos eventuais colaboradores devem sempre manter esse mesmo “espírito”, ou seja, devem ser feitas levando em consideração a pluralidade de visões, buscando a verdade de forma científica ou filosófica, evitando dogmatismos e personalismos.
Quando valorizamos a busca da verdade, isso significa dizer que admitimos a nossa própria ignorância e devemos ter a humildade de reconhecer que, por maiores que sejam nossas leituras e por mais que acreditemos no acerto de nossas convicções, podemos estar simplesmente errados. Ou ao menos, parcialmente errados. O erro a ignorância são companheiros inseparáveis da condição humana, e a memória dos erros, a qual podemos chamar de experiência, permite superá-los e ir além. E é por isso que damos muita importância ao aprendizado contínuo. E a maior fonte de aprendizado é a diversidade de opiniões e visões de mundo. Mas cada pessoa tem o seu próprio caminho, porque sabemos que a verdade, qualquer que seja ela, é difusa e não se concentra jamais numa pessoa só, e nem muitíssimo menos numa determinada ideologia ou partido político. Por outro lado, não devemos esquecer que a busca da verdade faz parte de um processo permanente de formação intelectual e moral. Como dizia o filósofo Julián Marías, não há verdade sem bondade, isto é, sem essa abertura amorosa perante a realidade e perante o grão de verdade ou sabedoria que pode residir em outros seres humanos.
De outro lado, deve-se ressaltar que o ILIN, como instituição com personalidade jurídica própria, não se confunde com a personalidade ou com a opinião de seus associados e não apoia nenhum governo ou partido político, sequer participando do embate político direto entre “esquerda” e “direita”, portanto, não há razões para que tanto partidos ou governos, quaisquer que sejam, incluindo os que ostentam a alcunha de “liberais”, e mesmo quando alguns associados do ILIN deles participem, fiquem “protegidos” ou imunes a criticas de qualquer associado. No ILIN a liberdade de pensamento e crítica é absoluta, desde que seja baseada na impessoalidade. O corolário disso é que qualquer manifestação de pensamento, seja esta emitida por qualquer indivíduo, partido político, governo ou corrente ideológica ou doutrinária, poderá ser objeto de crítica.
O ILIN, ressaltamos, por não se constituir em um partido político, não exige atestado de pureza ideológica ou programática de seus associados. Cada associado tem liberdade de pensamento e, nesse sentido, é plenamente responsável pela divulgação de suas ideias, não importa o meio utilizado. Por conseguinte, as opiniões veiculadas nos artigos de opinião publicados no website do Instituto não refletem a opinião do Instituto, enquanto detentor de personalidade jurídica própria. As opiniões do ILIN, quando forem absolutamente imprescindíveis, serão veiculadas por meio de comunicado oficial emitido por sua Diretoria e referendas por seu Conselho Diretor, impreterivelmente.
Por último, não podemos deixar de dizer que valorizamos, sobremaneira, o vernáculo, o idioma pátrio, nossa língua portuguesa, e todos os artigos serão submetidos a uma criteriosa revisão por colaboradores designados para esse fim. Os artigos de opinião poderão ser curtos ou longos, não havendo necessariamente um limite específico em termos de tamanho. O que é importante destacar neste ponto é que deverão ser apreciadas a qualidade gramatical do texto, o conteúdo teórico, a clareza da redação, o valor científico ou filosófico e outros aspectos análogos. Devem ser sumariamente evitados os clichês, as gírias, os anglicismos, os barbarismos, os erros de ortografia ou de semântica. Também, como não poderia deixar de ser, deve ser evitado o uso de falácias, como as ad hominem, especialmente, porque não condizentes com a boa fé, com a honestidade intelectual.
Cumpridos esses requisitos, serão muito bem-vindas colaborações não só dos associados do Instituto, mas de pessoas convidadas ou autorizadas a publicar em nosso website, que esperamos seja um grande polo de discussão, difusão e fomento de novas ideias e reflexões, sem as quais a vida científica, cultural e moral de um país fenecem irremediavelmente.